O governo espanhol anunciou a concessão de cidadania a 170 descendentes de voluntários que integraram as Brigadas Internacionais, que se destacaram na luta contra a ditadura de Franco durante a Guerra Civil Espanhola. Estima-se que cerca de 32.000 voluntários de diversas partes do mundo se uniram a essa causa, incluindo aproximadamente 2.500 da Grã-Bretanha e Irlanda, sendo que 530 deles perderam a vida no conflito.
Essa decisão do governo é uma forma de reconhecimento pela luta contra o fascismo empreendida por esses voluntários, que não apenas arriscaram suas vidas, mas também deixaram um legado significativo na história da Espanha. As Brigadas Internacionais reuniram pessoas de diferentes nacionalidades, refletindo um forte movimento de solidariedade internacional contra regimes autoritários. O gesto é visto como uma forma de reparar parte do legado histórico que muitos desses voluntários deixaram para trás.
O reconhecimento através da cidadania pode abrir novas possibilidades para os descendentes, fortalecendo laços históricos entre países e promovendo um diálogo sobre a importância da luta contra o autoritarismo. Este ato simbólico pode incentivar outras nações a reconhecer as contribuições de indivíduos que se opuseram a regimes opressivos, destacando a relevância contínua da memória histórica na construção de sociedades mais justas.