Na noite de 4 de novembro de 2025, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início ao julgamento de processos que podem levar à cassação e inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e do presidente da Assembleia Legislativa do estado, Rodrigo Bacellar. Eles são acusados de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, com base em um recurso do Ministério Público Eleitoral, após terem sido absolvidos anteriormente pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
O caso envolve a criação de aproximadamente 27 mil cargos comissionados irregulares na fundação Ceperj, alegadamente utilizados para empregar cabos eleitorais e favorecer a reeleição de Castro. A relatora do processo é a ministra Isabel Gallotti, e a sessão de julgamento pode ser suspensa por 30 dias caso haja pedido de vista por parte de algum dos ministros. Este julgamento ocorre em um contexto marcado pela recente megaoperação policial que resultou em 121 mortes em áreas do Rio de Janeiro, aumentando a complexidade da situação política.
As implicações desse julgamento são significativas, não apenas para a carreira política de Castro, mas também para o ambiente político do Rio de Janeiro. Com a proximidade das eleições de 2026, a eventual cassação do governador pode alterar o equilíbrio de poder no estado e impactar as alianças políticas. Além disso, ministros do TSE expressaram preocupações sobre a possibilidade de que o julgamento possa ser visto como uma perseguição política, considerando que Castro é um importante aliado de figuras proeminentes do cenário político nacional.