O Ministério Público Federal (MPF) exigiu, nesta terça-feira (4), que o Estado do Rio de Janeiro e a União esclareçam o uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública na megaoperação policial realizada em 29 de outubro, que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha. Os órgãos têm um prazo de 10 dias úteis para fornecer as informações solicitadas, seguindo as normas do MPF.
A operação, que levanta preocupações significativas, é analisada à luz de diretrizes do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelecem que intervenções em favelas devem ocorrer em situações excepcionais e com planejamento prévio. Juristas e movimentos sociais alertam que o alto número de fatalidades sugere um possível desrespeito às normas estipuladas, reforçando a necessidade de uma investigação rigorosa sobre as circunstâncias da ação policial.
Diante do contexto desafiador da segurança pública no Rio, a apuração do MPF poderá influenciar a implementação de novas diretrizes para operações em comunidades. O resultado pode trazer mudanças na gestão de segurança e nas políticas de prevenção de violência, impactando diretamente a relação entre a população e as forças de segurança. Além disso, a situação destaca a importância de garantir a proteção dos direitos humanos em intervenções policiais.


