O ouro fechou em queda na sessão de 4 de novembro, voltando a ser negociado abaixo de US$ 4 mil por onça-troy. Essa desvalorização ocorreu em um contexto de fortalecimento do dólar, que alcançou seu maior valor em três meses, e a diminuição das expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. O metal precioso, que já tinha uma valorização de 40% em 2025, sofreu a realização de lucros por investidores.
O banco Commerzbank apontou a redução nas chances de flexibilização monetária como uma das principais causas da queda do preço do ouro. A probabilidade de um corte de 25 pontos-base em dezembro caiu para 70,1%, conforme dados do CME Group, refletindo uma mudança significativa em relação à semana anterior, quando a expectativa era quase de 100%. Essa incerteza em relação à política monetária do Fed tem gerado pressão sobre o metal, que compete por investidores com o dólar.
Além disso, a recente decisão da China de reduzir incentivos fiscais para o uso do ouro em joias e aplicações industriais pode impactar a demanda no país, que já se mostrava fraca devido ao aumento significativo dos preços. Especialistas alertam que, apesar da queda atual, a possibilidade de cortes mais significativos nos juros até 2026 pode criar um cenário de valorização para o ouro nos próximos meses, indicando um monitoramento atento das condições econômicas globais.

