Um buraco negro supermassivo, localizado a 10 bilhões de anos-luz da Terra, devorou uma estrela, gerando um clarão luminoso equivalente à luz de um trilhão de sóis. O evento, classificado como um flare de buraco negro, foi detectado pelo Zwicky Transient Facility e documentado em um estudo publicado na revista Nature Astronomy. Essa descoberta é um marco na astronomia, pois representa o fenômeno mais brilhante já registrado na história.
Os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) explicam que o clarão surgiu após a estrela ser puxada pela força gravitacional do buraco negro, cuja massa é 500 milhões de vezes maior que a do Sol. O evento, conhecido como disrupção por maré, resulta em explosões de luz visíveis a bilhões de anos-luz de distância. O professor Matthew Graham, autor principal do estudo, destacou que a intensidade do brilho foi 30 vezes maior do que qualquer outro já observado, tornando-o um objeto único no universo.
Além disso, a duração do fenômeno chamou a atenção dos cientistas, pois mesmo após sete anos, o brilho ainda é detectado, embora em diminuição. Essa constatação sugere que o buraco negro continua a consumir os restos da estrela, desafiando a compreensão anterior de que os buracos negros no centro das galáxias eram estáticos. Com essa nova perspectiva, os astrônomos estão apenas começando a desvendar os mistérios dos buracos negros e suas interações com o cosmos.

