Taxas de juros no Brasil sobem em meio a aversão global a riscos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

As taxas dos DIs no Brasil fecharam com leves altas na terça-feira, 4 de novembro de 2025, em um contexto de aversão global a ativos de risco. A taxa do DI referente a janeiro de 2028 foi ajustada para 13,155%, enquanto a de janeiro de 2035 registrou um aumento para 13,645%. Este movimento ocorre em meio a receios sobre uma possível correção nas ações dos Estados Unidos, que têm sido impulsionadas pela euforia em torno da inteligência artificial.

Os índices de ações sofreram pressão tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, enquanto o dólar se fortaleceu contra várias moedas, incluindo o real. A alta nas taxas de juros no Brasil reflete essa aversão ao risco, especialmente entre os contratos de prazo mais longo. O mercado aguarda ansiosamente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para a noite de quarta-feira, que deverá manter a Selic em 15% ao ano, conforme as expectativas atuais.

Os comentários do ministro da Fazenda sobre a necessidade de redução das taxas de juros, apesar da pressão de bancos sobre o Banco Central, indicam uma tensão entre as expectativas do mercado e a política monetária. Com a indústria apresentando um leve recuo na produção, a situação econômica permanece delicada. O cenário global e as decisões locais irão continuar a moldar as taxas de juros e a confiança dos investidores no Brasil.

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