A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado foi instalada no Senado em 4 de novembro de 2025, e aprovou um plano de trabalho que inclui nove diretrizes sob a relatoria de Alessandro Vieira. A investigação se concentrará na penetração do crime organizado em setores legais, com especial atenção à lavagem de dinheiro e ao uso de empresas de fachada por facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Vieira, ex-delegado de polícia, argumenta que as atuais ações de prevenção e repressão não são suficientes para conter o avanço das facções e milícias. Ele se comprometeu a apresentar um diagnóstico completo sobre a criminalidade organizada no Brasil, evitando discussões motivadas por questões partidárias. A CPI é composta por 11 senadores titulares e sete suplentes, e terá um prazo de 120 dias para suas investigações.
A comissão investigará o modus operandi das organizações criminosas, além de examinar a estrutura de tomada de decisão e as condições de atuação em diversas regiões. Vieira destacou a necessidade de implementar controles mais rigorosos e aumentar a integração entre órgãos de segurança pública e as Forças Armadas. As implicações dessa investigação podem resultar em mudanças significativas na legislação e nas políticas de combate ao crime organizado.

