Em outubro, o Índice Nacional de Confiança, elaborado pela PiniOn para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), subiu 2,1% em relação ao mês anterior, atingindo 98 pontos, ainda abaixo do nível neutro de 100. Essa é a terceira alta consecutiva do índice, impulsionada pela percepção positiva das famílias sobre sua situação financeira e as expectativas de renda e emprego.
A pesquisa, que abrangeu 1.679 famílias de diversas regiões do Brasil, revelou melhorias em todas as áreas, com destaque para o Centro-Oeste e o Norte. O otimismo foi mais pronunciado entre as classes sociais AB e C, e as mulheres demonstraram um aumento maior na confiança em comparação aos homens. O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, atribui essa melhora ao mercado de trabalho aquecido e a medidas de estímulo de renda, como novos financiamentos e pagamentos de precatórios.
Apesar do aumento na confiança, Gamboa alerta para o elevado nível de endividamento das famílias e os impactos negativos das altas taxas de juros na economia. Esses fatores podem resultar em uma redução da confiança do consumidor nos próximos meses, indicando um cenário de incertezas que pode afetar a disposição para investimentos e consumo de bens duráveis.