A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que retoma a gratuidade para bagagem despachada nos voos brasileiros, permitindo que cada passageiro despache uma mala de até 23 kg sem taxas extras. Essa proposta agora segue para análise no Senado, onde a discussão sobre suas repercussões será fundamental para o futuro do setor aéreo no país.
As companhias aéreas estão preocupadas com a medida, argumentando que a volta da gratuidade pode dificultar a oferta de passagens mais baratas. Atualmente, o modelo de tarifas básicas, que permite apenas um item de mão, é visto como uma maneira de manter os preços acessíveis em um mercado já fragilizado. Com a recuperação judicial da Azul e a conclusão do processo da Gol, o setor enfrenta desafios financeiros significativos.
O debate sobre a gratuidade da bagagem despachada é intenso, especialmente considerando que o mercado brasileiro não possui uma tradição robusta de companhias aéreas de baixo custo. Enquanto os consumidores frequentemente reclamam das taxas, o Procon-SP já levantou questões sobre a qualidade dos serviços oferecidos e o aumento dos preços das passagens. Com a palavra final do Senado, o resultado poderá moldar o futuro das tarifas aéreas no Brasil.

