A 44ª reunião da Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos Vivos da Antártica (CCAMLR), ocorrida em Hobart, na Austrália, não conseguiu avançar na criação de áreas marinhas protegidas. O encontro, que envolveu 27 países e a União Europeia, destacou o bloqueio político que impede ações efetivas para preservar o krill, um crustáceo vital para o ecossistema antártico.
Apesar das denúncias de ambientalistas sobre a pressão da indústria pesqueira, que busca explorar o krill em busca de lucro, desde 2016 não houve aprovação de novas áreas protegidas. Países como Noruega, China e Rússia vetaram propostas de proteção da Península Antártica, que é considerada crítica devido aos impactos das mudanças climáticas e da sobrepesca.
As críticas à CCAMLR se intensificam à medida que a situação se torna cada vez mais urgente. A comissão enfrenta um dilema: cumprir seu compromisso com a conservação ou se tornar um instrumento da exploração industrial. Com a crescente demanda por krill, a proteção dos ecossistemas antárticos se torna uma questão de responsabilidade global.

