O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou em 4 de novembro de 2025, que os bancos estão exercendo pressão sobre o Banco Central para evitar a redução da taxa Selic, fixada em 15% ao ano. Durante sua participação na cerimônia de abertura do “Bloomberg Green Summit” em São Paulo, ele afirmou que, se estivesse no cargo de diretor do BC, votaria pela diminuição da taxa na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, prevista para 5 de novembro.
Haddad destacou que existem elementos suficientes que justificam o início de um ciclo de cortes nos juros, apesar da expectativa de manutenção. Ele ressaltou a importância de se considerar a razão e a necessidade de ajustes nas taxas, dado que os juros reais no Brasil são os segundos mais altos do mundo, superando 9%. O ministro também comentou que a inflação deve se manter dentro da meta em 2025, o que contraria algumas previsões pessimistas do mercado financeiro.
As declarações de Haddad refletem uma tentativa de equilibrar as pressões do setor bancário e as expectativas econômicas do país. Ele enfatizou que o Brasil, atualmente, apresenta indicadores econômicos positivos em comparação a outras nações da América do Sul, como menor inflação acumulada e redução do desemprego. A atuação do Banco Central e as decisões futuras em relação à Selic serão cruciais para a estabilidade econômica nos próximos anos.