Setor de animação brasileiro enfrenta queda de renda e desigualdade

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

O mercado de animação no Brasil está em um estado de retração, com a remuneração média dos profissionais do setor caindo 12,1% entre 2019 e 2025, passando de R$7.980 para R$7.010. Este dado faz parte do 2º Mapeamento da Animação no Brasil, conduzido pelo Instituto Iniciativa Cultural, e revela uma realidade marcada pela estagnação econômica e fragilidade institucional.

A pesquisa, que contou com a participação de 466 profissionais, mostra que a maioria atua de forma informal, sem vínculos empregatícios, dependendo de editais públicos e patrocínios eventuais para viabilizar suas produções. Além disso, apenas 2% dos profissionais trabalham exclusivamente para empresas estrangeiras, evidenciando a limitação de inserção internacional e a escassez de visibilidade das produções brasileiras no exterior.

Apesar da queda de renda e da informalidade, o setor demonstra uma vitalidade criativa significativa. A diversidade estética e a capacidade técnica dos profissionais são ressaltadas como os principais motores que sustentam a animação no Brasil, que continua a resistir em um ambiente desafiador, buscando novas oportunidades e formas de descentralização na produção, especialmente fora do eixo Rio–São Paulo.

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