Nos últimos meses, uma onda de protestos jovens tomou as ruas de vários países, incluindo Timor-Leste, Nepal e Peru, denunciando a corrupção e a captura estatal. A insatisfação popular é alimentada pela percepção de que governos estão saqueando recursos públicos enquanto cidadãos enfrentam desemprego e serviços públicos em colapso.
Esses movimentos de protesto, que se caracterizam por sua natureza descentralizada e rápida organização, têm conseguido derrubar governos em locais como Nepal e Madagascar. A indignação dos manifestantes se concentra nas elites políticas e econômicas, que são vistas como responsáveis por transformar o serviço público em uma extensão de seus interesses privados, evidenciando a profundidade da corrupção sistêmica.
O fenômeno da captura estatal, que vai além da corrupção tradicional, está moldando as regras da democracia em muitos desses países. Essa realidade exige a atenção de juízes independentes, jornalistas e uma sociedade civil corajosa para enfrentar os interesses privados que influenciam governos e reverter a degradação dos sistemas públicos.

