Jovem absolvida morre de câncer após prisão injusta no RS

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Damaris Vitória Kremer da Rosa, uma jovem que passou seis anos presa injustamente, faleceu no dia 26 de outubro, apenas dois meses após ser absolvida e liberada da prisão. A Justiça negou seus pedidos de liberdade em duas ocasiões antes de conceder prisão domiciliar, em resposta ao agravamento do seu estado de saúde, que se revelou um câncer de colo de útero em estágio avançado.

Durante seu tempo na prisão, Damaris enfrentou a recusa do sistema judiciário em reconhecer a gravidade de sua situação de saúde. O primeiro pedido de liberdade foi negado em 2023, e um segundo, em novembro de 2024, foi rejeitado sob a alegação de falta de comprovação médica adequada. Somente em março de 2025, após diagnósticos confirmados, foi que a jovem recebeu a autorização para tratamento domiciliar e a instalação de tornozeleira eletrônica.

A morte de Damaris expõe as fragilidades do sistema judiciário brasileiro, especialmente em relação ao tratamento de prisioneiros com doenças graves. O caso suscita um debate urgente sobre a necessidade de reforma nas políticas de encarceramento e no suporte à saúde dos detentos. A sociedade e as autoridades são chamadas a refletir sobre como evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.

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