O dólar fechou em queda de 0,43% nesta segunda-feira, 3, cotado a R$ 5,3574, em um dia positivo para divisas latino-americanas. Essa desvalorização ocorreu em um contexto de dados econômicos da China que superaram as expectativas, contribuindo para a valorização do real e o recorde do Ibovespa, que atingiu 150 mil pontos. A moeda americana, que teve uma alta de 1,08% em outubro, já recuou 13,31% no ano em relação ao real.
Investidores ajustam suas posições antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve manter a taxa Selic em 15% ao ano. A atratividade do carry trade, devido à diferença de juros, pode ajudar a mitigar as pressões sobre o real. O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, destacou que a valorização das moedas emergentes está atrelada à melhoria nos dados chineses, o que também impulsiona os preços das commodities.
O cenário econômico é marcado pela incerteza nos EUA, com a falta de dados devido ao shutdown governamental e a expectativa de decisões sobre juros pelo Federal Reserve. A discussão sobre um possível alívio monetário ganhou força após declarações de dirigentes do Fed, aumentando a cautela entre investidores. Apesar das incertezas, o desempenho das commodities tem sido favorável para as divisas emergentes, incluindo o real brasileiro.

