Nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025, as cotações do petróleo subiram levemente após a Opep+ anunciar um aumento na produção. Os oito países participantes concordaram em elevar a produção em 137 mil barris por dia, uma medida que precede uma pausa planejada no primeiro trimestre de 2026. Essa pausa visa evitar a superprodução em um momento em que a demanda está prevista para ser mais baixa devido à sazonalidade do inverno no hemisfério norte.
O comunicado da Opep enfatiza que, embora o aumento de produção seja necessário, a decisão de suspender a produção nos meses de janeiro a março de 2026 é uma resposta às expectativas de demanda reduzida. Especialistas, como Rob Haworth da U.S. Bank Asset Management, alertam que o risco de uma queda acentuada nos preços é real, especialmente se os valores do barril se aproximarem de 50 dólares. Os preços do barril de Brent e do WTI mostraram uma leve valorização, refletindo essa nova dinâmica.
No cenário geopolítico, a atenção dos mercados está voltada para o impacto das sanções dos Estados Unidos contra gigantes russas do petróleo, como Rosneft e Lukoil. Analistas do JP Morgan indicam que, apesar do aumento do risco de interrupções no abastecimento, a expectativa é de que qualquer queda nas exportações seja apenas temporária. Esse panorama sugere que o mercado de petróleo continuará a ser moldado por uma complexa interação entre produção, demanda e fatores geopolíticos.


