Gestores de fundos imobiliários, como XPML11 e HGBS11, destacam que 2026 será um ano crítico para o setor de shoppings no Brasil. A combinação de juros altos e a desaceleração do consumo geram preocupações, apesar de um cenário de vendas sólidas e vacância controlada. Em um evento promovido pelo Canal da XP, Felipe Teatini e Alexandre Machado discutiram as expectativas para o próximo ano, revelando a necessidade de cautela.
Teatini, do XPML11, expressou receios sobre a inversão de tendência nas vendas e a pressão sobre os aluguéis, afirmando que a taxa Selic elevada está impactando o consumo. Apesar disso, ele acredita que o quarto trimestre de 2025 poderá ser positivo devido ao Natal e à Black Friday. Já Machado, da HGBS11, avaliou que, apesar dos desafios, os fundamentos do setor permanecem saudáveis, com crescimento nas vendas superando a inflação.
Ambos os gestores concordam que o avanço da massa salarial e a queda do desemprego podem contribuir para um consumo mais robusto em 2026. Embora os ventos não sejam todos favoráveis, algumas expectativas positivas, como novas produções cinematográficas, podem impulsionar o tráfego nos shoppings. O alerta para o primeiro trimestre de 2026, no entanto, permanece em aberto, indicando que a resiliência do setor será testada nos próximos meses.