Gestores dos fundos imobiliários XPML11 e HGBS11 discutem as perspectivas do setor de shoppings para 2026 em evento promovido no Canal da XP. Apesar de um desempenho sólido nas vendas e vacância controlada até o final de 2025, a combinação de juros altos e desaceleração do consumo gera preocupações. Felipe Teatini, do XPML11, expressa receio com a inversão de tendências nas vendas, ressaltando que a Selic a 15% pode impactar o setor nos próximos meses.
Alexandre Machado, do HGBS11, afirma que os fundamentos da indústria permanecem saudáveis, com um crescimento acumulado de 8,7% nas vendas até setembro. Ele destaca que fatores como a redução do desemprego e o aumento da massa salarial podem impulsionar o consumo em 2026, embora mantenha um olhar cauteloso para os próximos meses. As expectativas de grandes lançamentos cinematográficos, como Toy Story 5, também alimentam a esperança de um aumento no tráfego nos shoppings.
O quarto trimestre de 2025 é visto com otimismo, impulsionado pelas compras de Natal e Black Friday, mas os gestores mantêm um alerta para o início de 2026. A possibilidade de uma queda nos juros pode ajudar a equilibrar o consumo, mas desafios persistem devido à pressão inflacionária e aos altos custos de aluguel. Os próximos trimestres serão fundamentais para avaliar a real resiliência do setor frente a um cenário econômico desafiador.