Em um novo relatório divulgado nesta segunda-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego revelou que as mulheres no setor privado recebem, em média, R$ 3.908,76, enquanto os homens alcançam R$ 4.958,43, resultando em uma disparidade salarial de 21,2%. Os dados, que foram discutidos em 3 de novembro de 2025, indicam que a situação vem se deteriorando, com a diferença aumentando gradualmente ao longo dos últimos relatórios. O Rio de Janeiro e o Paraná lideram o ranking dos estados com maior desigualdade, ambos com índices de 28,5%.
O estudo destaca que, embora a presença de mulheres no mercado de trabalho tenha aumentado, a desigualdade persiste, especialmente entre mulheres negras, que enfrentam uma diferença salarial de 33,5% em relação a homens não negros. O relatório também enfatiza que apenas 21,9% das empresas oferecem auxílio creche e 20,9% adotam licença parental estendida, o que limita ainda mais a inserção das mulheres no mercado. Os dados foram coletados de 54 mil empresas com 100 ou mais empregados, abrangendo mais de 19 milhões de vínculos empregatícios.
As implicações desse cenário são profundas, afetando não apenas a vida das trabalhadoras, mas também a economia como um todo. Se a massa de rendimentos das mulheres acompanhasse seu crescimento no mercado, cerca de R$ 92,7 bilhões poderiam ser injetados na economia. O Ministério do Trabalho e Emprego sugere que medidas como a ampliação de licenças parentais e creches são essenciais para promover a equidade salarial e melhorar a inclusão das mulheres no setor privado.