Analistas do banco BTG Pactual destacam que 20 empresas brasileiras estão em posição favorável para realizar grandes pagamentos de dividendos antes da implementação de uma nova tributação. A proposta de reforma do imposto de renda, que já foi aprovada na Câmara dos Deputados e está em debate no Senado, visa eliminar a isenção fiscal sobre dividendos, que existe desde 1996. Dessa forma, as empresas têm até o final de 2025 para se adequar à regra anterior, aproveitando-se de lucros acumulados e reservas significativas.
Os analistas observam que fatores como lucros acumulados, nível de alavancagem e planos de investimento influenciam a capacidade das empresas de pagar dividendos. Os setores de serviços básicos, telecomunicações, construtoras e materiais básicos são considerados promissores, com diversas empresas potencialmente anunciando pagamentos extraordinários. A expectativa é que os rendimentos possam variar entre 15% e 20%, o que representa uma oportunidade significativa para investidores.
A análise do BTG Pactual sugere que, até o final do ano, as empresas que optarem por antecipar os pagamentos de dividendos poderão superar o desempenho de suas concorrentes que não tiverem essa capacidade. Essa estratégia pode ser crucial para maximizar retornos em um cenário de mudanças fiscais iminentes, além de refletir a saúde financeira robusta que muitas dessas empresas apresentam atualmente.