A discussão sobre a fé dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se intensificou, especialmente com o favoritismo do advogado-geral da União para uma vaga no tribunal. A visibilidade do Judiciário e a polarização política trouxeram a religião para o centro das análises, questionando como as crenças pessoais podem influenciar decisões judiciais. A Constituição brasileira mantém o caráter laico do Estado, mas a realidade se mostra mais complexa.
Historicamente, a composição do STF era majoritariamente católica, mas a sociedade brasileira, com um crescente número de evangélicos, passou a se interessar pela religião dos ministros. A exposição pública dos magistrados através das TVs institucionais desde os anos 1990 também contribuiu para essa curiosidade. Especialistas afirmam que, apesar do aumento da religiosidade nas falas dos ministros, a qualificação jurídica deve prevalecer nas nomeações, não as crenças pessoais.
As nomeações para o STF tornaram-se eventos de grande interesse público, refletindo a ideologização da política brasileira desde 2016. Questões sensíveis, como direitos das minorias e pautas conservadoras, agora são debatidas no tribunal, elevando o perfil ideológico e religioso dos ministros a tema central da sociedade. Com isso, a escolha de novos ministros é acompanhada com atenção por diferentes grupos de poder, evidenciando a relevância das crenças na política atual.

