Em entrevista ao programa 60 Minutes, exibido no último domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o governo de Nicolás Maduro possui “dias contados”. Ao ser questionado sobre a possibilidade de um ataque militar à Venezuela, Trump respondeu que não acredita que os Estados Unidos entrem em guerra, embora tenha autorizado ações secretas da CIA na região. A escalada de tensões no Caribe se intensifica com recentes operações navais contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas.
Trump enfatizou que o envio do porta-aviões USS Gerald Ford à região não necessariamente indica uma iminente intervenção militar. Ele também associou as ações no Caribe à redução do número de imigrantes ilegais na fronteira sul dos EUA e à queda do tráfico de drogas. Especialistas em direito internacional, no entanto, classificam essas operações como execuções extrajudiciais ilegais, desafiando as normas de combate ao narcotráfico e aumentando a pressão sobre o governo venezuelano.
As declarações de Trump refletem uma estratégia mais ampla dos EUA para enfraquecer o regime chavista, enquanto o presidente destaca a importância de prevenir mortes por overdose nos Estados Unidos. A comunidade internacional, incluindo a ONU, levanta preocupações sobre a legalidade dessas ofensivas. O futuro da relação entre os dois países permanece incerto, com a possibilidade de novas tensões e a necessidade de um diálogo construtivo.

