O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o custo da reforma da Praça dos Três Poderes em Brasília será de R$ 34,7 milhões, 57% acima do valor previsto inicialmente. A obra, que deve começar em novembro, será financiada por verbas da Petrobras e do BNDES, após a primeira-dama, Rosângela da Silva, fazer críticas à conservação do local. A responsabilidade pela reforma foi transferida do governo do Distrito Federal para o governo federal, que a incluiu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que o aumento no custo se deve a ajustes que incluem despesas administrativas e um projeto cultural. Este projeto abrange um programa de educação patrimonial e outras iniciativas que visam a revitalização do espaço, que é considerado de grande importância simbólica e arquitetônica. A Praça dos Três Poderes, projetada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, é um marco da democracia no Brasil e já foi palco de eventos significativos, incluindo ataques antidemocráticos.
A reforma consistirá na recuperação do piso, restauro de obras de arte e modernização da iluminação, com previsão de conclusão da primeira etapa até 2026. Além disso, melhorias na acessibilidade e na segurança estão previstas. A ministra da Cultura destacou o simbolismo da obra, que pretende reafirmar o compromisso com a memória e a reconstrução democrática do país após os eventos violentos ocorridos em janeiro de 2023.