A polêmica de Mortal Kombat e sua influência na indústria de jogos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Em 9 de dezembro de 1993, o senador democrata Joe Lieberman participou de uma audiência no Congresso dos EUA, onde criticou a violência nos videogames, com ênfase no impactante Mortal Kombat, da Midway. Lançado para Sega Genesis e Super Nintendo, o jogo gerou grande alvoroço ao permitir que jogadores escolhesses métodos brutais para eliminar seus oponentes, como arrancar corações ou decapitações, levando a um debate acalorado sobre a moralidade nos jogos eletrônicos.

A audiência teve como objetivo pressionar a indústria de jogos dos EUA a estabelecer um sistema de classificação formal, a fim de impedir que menores adquirissem títulos violentos. O resultado foi a criação do Entertainment Software Rating Board, mas a discussão também alimentou uma onda de pânico moral que se intensificou após o lançamento do jogo em casa, conhecido como Mortal Monday, em 13 de setembro de 1993. A cobertura da mídia incluiu questionamentos a adolescentes em fliperamas e entrevistas com psicólogos infantis preocupados com a influência do jogo.

A controvérsia em torno de Mortal Kombat não apenas moldou a indústria de videogames, mas também gerou um precedente para a regulamentação de conteúdo em jogos. A reação pública e as ações legislativas resultantes continuam a influenciar o desenvolvimento e a comercialização de jogos eletrônicos até hoje, refletindo um equilíbrio delicado entre criatividade, liberdade de expressão e responsabilidade social.

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