Na próxima sexta-feira, 10 de novembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará início ao julgamento do recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por crimes contra a democracia. Os ministros terão até 14 de novembro para analisar também os recursos de outros condenados, todos ligados à tentativa de golpe que buscou manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Os advogados de Bolsonaro argumentam que houve cerceamento de defesa durante o julgamento, citando o prazo curto para analisar uma quantidade significativa de informações anexadas ao processo pela Polícia Federal. Outros seis condenados, que compõem o núcleo principal da trama golpista, apresentaram defesas semelhantes. A análise dos recursos acontecerá em um plenário virtual, refletindo a atual dinâmica da Corte.
O delator Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, optou por não recorrer da sentença, o que resultou em uma pena reduzida de dois anos. Essa decisão faz com que ele não enfrente pena em regime fechado, mantendo os benefícios da delação premiada. O desfecho desse julgamento poderá ter repercussões significativas para a política brasileira e o futuro de seus envolvidos.

