Investimento em Itens de Luxo Foca em Exclusividade, Não em Retorno

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O investimento em itens de luxo, como a bolsa Birkin, que alcançou o valor recorde de 8,6 milhões de euros em um leilão em Paris, é analisado por especialistas que destacam a exclusividade como principal motivador. A movimentação do mercado de luxo, que gerou 1,48 trilhão de euros em 2024, revela um cenário de crescimento, embora o retorno financeiro para colecionadores e investidores seja considerado limitado. Itens de alta gama, como bolsas e relógios, estão se tornando parte de uma narrativa emocional mais do que uma estratégia de investimento convencional.

Os especialistas apontam que o mercado de luxo é impulsionado por desejos e paixões, e não apenas por retornos financeiros. A dificuldade em precificar itens como arte e colecionáveis, combinada com a escassez, transforma esses produtos em reservas de valor, mas com um impacto irrisório nos portfólios de investimentos. A crescente popularidade do mercado de segunda mão também ampliou a liquidez, criando novas oportunidades no segmento.

Embora o crescimento de itens como bolsas Hermès tenha superado 85% em uma década, especialistas alertam que a verdadeira satisfação reside na conexão pessoal com esses ativos. O investimento em luxo é visto como uma forma de pertencer a comunidades exclusivas, onde o retorno é mais simbólico do que financeiro. Assim, a abordagem dos investidores deve ser equilibrada, priorizando a paixão e o interesse pessoal na hora de adquirir itens de luxo.

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