Mulher enfrenta execução no Irã por matar marido abusivo e precisa pagar indenização

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Goli Kouhkan, de 25 anos, está no corredor da morte no Irã devido à morte de seu marido abusivo. Condenada a retribuição em espécie, ela tem até dezembro para pagar 10 bilhões de tomans, cerca de £80.000, à família da vítima, caso contrário, enfrentará a execução. A mulher foi presa em 2018, quando tinha apenas 18 anos, e sua condenação acende um alerta sobre os direitos das mulheres no país.

Durante os últimos sete anos, Goli tem vivido na prisão central de Gorgan, no norte do Irã, um ambiente marcado por tensões e condições difíceis. Sua história é emblemática das lutas enfrentadas por mulheres em situações de abuso e violência doméstica, que muitas vezes não encontram proteção adequada nas leis locais. A necessidade de pagar uma quantia exorbitante para evitar a pena de morte levanta questionamentos sobre o sistema de justiça e as normas culturais que prevalecem na sociedade iraniana.

As implicações do caso de Goli são profundas e podem provocar um debate mais amplo sobre a aplicação da lei e os direitos humanos no Irã. A situação dela destaca a urgência de reformas para proteger as mulheres e garantir que não sejam penalizadas por atos de defesa própria em situações de abuso. A mobilização de apoio internacional pode ser crucial para pressionar por mudanças e garantir a justiça nesse caso.

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