Ministério da Saúde escolhe proposta mais cara para caneta emagrecedora

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Ministério da Saúde do Brasil, sob a direção do ministro Alexandre Padilha, anunciou uma parceria com a EMS para a produção de uma caneta emagrecedora, optando pela proposta mais cara em detrimento de alternativas mais baratas de concorrentes. A decisão, anunciada em agosto pela Farmanguinhos/Fiocruz, levanta preocupações sobre a falta de licitação e a exclusão de propostas de laboratórios associados a governos de oposição, como os de São Paulo e Goiás.

Além de escolher a EMS, que apresentou a maior proposta, o contrato de cinco anos não assegura a aquisição das canetas emagrecedoras, gerando dúvidas sobre o compromisso do governo com a saúde pública. A rejeição de propostas de laboratórios mais baratos, que cumpriam os requisitos financeiros, revela uma dinâmica complexa nas parcerias público-privadas, além de questionamentos sobre a transparência do processo de seleção e a eficácia do projeto.

O impacto dessa decisão poderá ser significativo, considerando que o projeto não apenas envolve a produção de medicamentos, mas também se insere em um contexto político onde as relações entre o governo federal e os estados são tensionadas. O Ministério da Saúde afirmou que não participou diretamente do acordo, enquanto a Fiocruz pretende submeter uma nova proposta de parceria na próxima chamada pública, o que poderá abrir novas possibilidades no futuro.

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