Aliados do prefeito Ricardo Nunes na Câmara Municipal de São Paulo se mobilizam para garantir a reeleição de Ricardo Teixeira à presidência da Casa, prevista para o dia 15 de dezembro. Esse movimento contrasta com um acordo estabelecido anteriormente, que previa um rodízio entre os vereadores do União Brasil, partido ao qual Teixeira pertence. Ele é visto como uma figura próxima ao governo, o que levanta questionamentos sobre a fidelidade partidária e a dinâmica de poder na Câmara.
O atual cenário político revela um ambiente de tensão, onde lideranças do MDB e PL expressam apoio à reeleição de Teixeira, enquanto adversários contestam a validade do acordo. Milton Leite, ex-presidente da Câmara e figura influente do União Brasil, defende que o partido deve manter a presidência por quatro anos, mas enfrenta resistência de outros parlamentares. A mudança no regimento interno, que agora permite a reeleição por apenas mais um ano, foi interpretada como uma tentativa de limitar a influência de Leite na Casa.
As implicações para essa disputa são significativas, especialmente considerando a possibilidade de Ricardo Nunes deixar a prefeitura para concorrer ao governo do estado em 2026. A presidência da Câmara poderia atuar como uma posição-chave na linha sucessória, tornando essencial que um aliado de Nunes ocupe o cargo. Por outro lado, a estratégia de boicote aos planos de Leite pode acarretar riscos, já que sua liderança no União Brasil poderia resultar em uma bancada ainda mais forte na Câmara, desafiando a base governista.

