O lado oculto da Lua, uma área inexplorada do nosso satélite natural, é considerado uma ‘janela para o passado’ por especialistas, incluindo a astrofísica Karín Delmestre da UFRJ. Essa região, que não é visível da Terra devido à rotação síncrona da Lua, pode abrigar pistas importantes sobre a formação da Lua e da própria Terra. Recentemente, a missão Chang’e-6, da Administração Espacial Nacional da China, fez uma descoberta significativa ao detectar partículas de um raro tipo de meteorito no lado oculto, levantando novas questões sobre a presença de água no satélite.
A astrofísica explica que o lado oculto da Lua possui características geológicas distintas, como uma crosta mais espessa e menos mares, o que indica uma história diferente em comparação ao lado visível. Essa descoberta também traz à tona a teoria de que meteoritos antigos podem ter contribuído para a presença de água na Lua e na Terra. A pesquisa nessa área pode não apenas confirmar hipóteses sobre a origem lunar, mas também fornecer insights sobre a chegada de materiais orgânicos ao nosso planeta.
Embora a exploração do lado oculto da Lua apresente desafios significativos, como problemas de comunicação e condições climáticas extremas, o interesse global por essa região está crescendo. Com a possibilidade de novas missões de exploração, esse local se torna um ponto estratégico para entender a história do Sistema Solar. O futuro da exploração lunar promete desvendar segredos que podem mudar nossa compreensão sobre a origem da vida na Terra.

