O Tesouro Nacional informou que o déficit primário do governo central atingiu R$ 100,4 bilhões até setembro de 2025, refletindo um resultado negativo de R$ 14,5 bilhões apenas em setembro. Economistas alertam que, apesar disso estar dentro das expectativas, as despesas discricionárias, especialmente as emendas parlamentares, mantêm a pressão sobre as contas públicas, o que pode levar a desafios futuros.
As receitas líquidas apresentaram crescimento de 0,6% na comparação anual, mas as despesas totais aumentaram 5,7%, evidenciando um descompasso. A análise de especialistas sugere que a continuidade deste cenário adverso poderá resultar em dificuldades para o cumprimento da meta fiscal em 2026, especialmente devido à pressão adicional de gastos em ano eleitoral.
As projeções indicam que a arrecadação tributária poderá desacelerar nos próximos meses, aumentando a dependência de receitas extraordinárias. A Instituição Fiscal Independente alertou que o governo precisará de um esforço adicional de R$ 27,1 bilhões para alcançar a meta de resultado primário zero em 2025, ressaltando os riscos associados à perda de eficácia de medidas fiscais anteriores.

