Kremlin avisa que Rússia seguirá EUA se testes nucleares forem retomados

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Na quinta-feira, 30 de outubro de 2025, o Kremlin manifestou cautela em relação à recente ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que determinou a retomada dos testes de armas nucleares após uma pausa de 33 anos. O porta-voz Dmitry Peskov declarou que, embora a Rússia não tenha realizado testes nucleares, o país poderia agir conforme a situação, caso Washington inicie os testes. Essa declaração ocorreu minutos antes de uma reunião entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping.

Peskov comentou que a Rússia não tinha sido informada previamente sobre a mudança na postura dos EUA em relação aos testes nucleares. Ele ressaltou que, embora a Rússia tenha realizado testes de mísseis recentemente, isso não se configura como testes nucleares. A última vez que a União Soviética testou uma arma nuclear foi em 1990, enquanto os EUA não realizam testes desde 1992, o que levanta inquietações sobre um possível retorno a uma era de testes nucleares e uma nova corrida armamentista.

A declaração do Kremlin, que menciona a posição de Vladimir Putin sobre a resposta russa a qualquer teste nuclear, acentua a tensão geopolítica existente. Trump justificou sua decisão ao afirmar que outros países estão desenvolvendo programas de testes, o que implicaria uma necessidade de os EUA manterem sua paridade militar. Assim, o cenário internacional se torna mais complexo, com potenciais desdobramentos que poderão afetar as relações entre as potências nucleares.

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