Defensoria Pública solicita laudos paralelos após megaoperação no Rio

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPU) requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a realização de laudos paralelos sobre os corpos das vítimas da megaoperação deflagrada em 28 de outubro, que resultou em 121 mortes. O pedido, apresentado por meio da ADPF 635, busca assegurar uma apuração mais rigorosa, logo após os exames realizados pela perícia oficial, em meio a preocupações sobre a violação de direitos humanos durante a operação.

A operação, que mobilizou cerca de 2,5 mil policiais, visava conter a expansão do Comando Vermelho e cumpriu aproximadamente 100 mandados de prisão. No entanto, a DPU destacou que a letalidade da ação foi desproporcional em relação ao que foi estipulado pelo STF, gerando desconfiança sobre a imparcialidade das perícias. O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, já exigiu esclarecimentos do governador do Rio sobre a operação, que foi considerada a mais letal da história do estado.

As implicações desse pedido podem ser significativas para a condução de futuras operações no Rio de Janeiro, especialmente em um contexto onde a violência policial e a proteção dos direitos humanos estão sob escrutínio. A DPU argumenta que a realização de laudos paralelos é essencial para enriquecer o debate e promover uma apuração adequada dos acontecimentos, refletindo a seriedade da situação e a necessidade de responsabilização.

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