Protestos no Rio contra mortes em operação policial geram polêmica

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Na quarta-feira (29), moradores dos Complexos do Alemão e da Penha protestaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes responsabilizaram o governador Claudio Castro por uma operação policial que, segundo eles, resultou em mais de 100 mortes, descrevendo-a como uma ‘carnificina’. Cartazes e bandeiras exibidos no ato refletiam a indignação da comunidade, com frases duras direcionadas ao governador.

O protesto foi precedido por uma série de operações policiais que, segundo os moradores, geraram não apenas mortes, mas um clima de medo e insegurança nas comunidades. Durante a manifestação, ativistas e moradores expressaram suas preocupações sobre a falta de responsabilidade do governo em relação a essas vidas perdidas. O ato ocorreu em um contexto de crescente tensão entre o estado e as comunidades, especialmente em vésperas de períodos eleitorais.

Em resposta ao protesto, o governador defendeu a operação como um ‘sucesso’, afirmando que as únicas vítimas foram os quatro policiais mortos. No entanto, a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado, anunciada em um encontro entre Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, indica a seriedade da situação. As reações da comunidade e as medidas do governo podem moldar o futuro das políticas de segurança no estado.

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