No dia 29 de outubro de 2025, uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, resultou em 119 mortes, incluindo quatro policiais. A ação, considerada a mais letal na história do estado, gerou reações de diversas organizações de direitos humanos, que publicaram uma carta repudiando a abordagem violenta adotada, afirmando que a segurança pública não deve ser realizada com sangue.
O documento, assinado por 28 instituições, entre elas a Anistia Internacional Brasil e a Justiça Global, critica a gestão atual da segurança pública, atribuindo ao governador do estado a responsabilidade por várias operações letais. As organizações argumentam que essas ações não reduzem o poder das facções criminosas, mas intensificam o pânico e a insegurança nas comunidades, afetando o cotidiano de milhares de famílias e a educação de crianças.
As repercussões da operação levaram a deputada estadual Renata Souza a anunciar uma série de ações, incluindo pedidos de investigação ao Ministério Público e denúncias à ONU. O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos expressou sua preocupação com a condução dessas operações, considerando que elas afetam desproporcionalmente as comunidades de ascendência africana. A crescente pressão internacional e local pode resultar em mudanças nas políticas de segurança pública no Brasil.

