Um filme exibido na Mostra de São Paulo provoca reflexões sobre a repressão da sexualidade masculina ao retratar a história de um homem algemado após ser atraído por um policial em um banheiro público. A cena, que remete a práticas de criminalização enfrentadas por homens gays, ecoa relatos de um artigo do Los Angeles Times publicado em 2016, que expõe batidas policiais direcionadas a essa comunidade. A narrativa sugere que, na ausência de outras pessoas, o único crime cometido foi a expressão da sexualidade do protagonista.
A obra cinematográfica não apenas reitera uma realidade opressora, mas também convida à reflexão sobre a evolução das relações sociais e a permanência de normas que estigmatizam a homossexualidade. O filme simboliza um alerta sobre a necessidade de continuar o diálogo acerca dos direitos LGBTQIA+ e das experiências vividas por indivíduos que enfrentam discriminação. Nesse sentido, a Mostra de São Paulo se torna um espaço importante para discussões sobre diversidade e aceitação.
As implicações dessa representação vão além do entretenimento, ao desafiar o público a confrontar a violência e a discriminação que ainda existem em diversas sociedades. A história apresentada ressoa com eventos contemporâneos, evidenciando que a luta pela aceitação e pelos direitos civis continua. Assim, o filme não apenas entretém, mas também educa e provoca reflexões sobre a urgência de um ambiente mais inclusivo e seguro para todos.

