O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento sobre a possibilidade de políticos indicarem parentes e cônjuges para cargos comissionados, inicialmente agendado para 29 de outubro de 2025. O presidente da Corte, Luiz Edson Fachin, atendeu à sugestão do relator Luiz Fux, que pediu mais tempo para discussão. A decisão ocorre mesmo com uma maioria já formada, com placar de 6 a 1 a favor da permissão das indicações.
O relator, Luiz Fux, apresentou seu voto em 23 de outubro, argumentando que os cargos de confiança, como secretarias e ministérios, não devem ser submetidos às regras de nepotismo. No entanto, a votação foi suspensa antes que os ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Edson Fachin pudessem se manifestar. Durante a retomada do julgamento, será discutida a possibilidade de restringir as indicações apenas aos cargos de primeiro escalão, conforme defendido pelo ministro Alexandre de Moraes.
As implicações dessa decisão podem ser significativas para a administração pública, especialmente em níveis subnacionais. O ministro Flávio Dino diverge da posição do relator, advogando por uma interpretação mais rígida que impeça qualquer indicação de parentes. A discussão sobre nepotismo reflete a busca por maior transparência e ética na política brasileira, questões que permanecem em pauta na sociedade.


