O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, apresente informações detalhadas sobre uma recente operação policial que resultou na morte de 119 pessoas. Essa ação, considerada a mais letal no estado, ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha e gerou preocupações sobre a letalidade policial. A decisão foi tomada no contexto da ADPF 635, que visa reduzir a letalidade nas operações policiais.
Moraes, que assumiu temporariamente a relatoria do caso, ordenou a apresentação de um relatório circunstanciado, justificativas sobre o uso da força e a identificação das forças envolvidas. Além disso, o ministro estabeleceu a realização de audiências em novembro com a participação de autoridades estaduais para discutir os procedimentos adotados. A operação em si levantou questões sobre o cumprimento de diretrizes estabelecidas pelo STF e a aplicação de medidas de segurança adequadas em situações de alta letalidade.
As implicações dessa decisão podem ser significativas, uma vez que o STF já havia determinado a implementação de medidas para prevenir a letalidade policial em operações futuras. A pressão por transparência e responsabilização pode levar a uma reavaliação das práticas de segurança pública no estado. Com o acompanhamento de instituições como o Conselho Nacional de Direitos Humanos e a Procuradoria-Geral da República, o caso pode influenciar reformas na abordagem do governo fluminense em relação a operações policiais.


