Na Assembleia Geral da ONU, realizada em 29 de outubro de 2025, uma nova resolução pedindo o fim do embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba foi aprovada com 165 votos a favor. Apesar do apoio significativo, o número de votos foi inferior ao de anos anteriores, quando a média girava em torno de 190. A votação contou com 7 votos contrários, incluindo os dos Estados Unidos e de Israel, além de 12 abstenções.
A nova resolução, que tem sido apresentada anualmente desde 1992, não apenas condena o bloqueio, mas também exige que Washington revogue as leis que impedem a ilha de adquirir bens estrangeiros usando dólares. Nos dias que precederam a votação, Cuba denunciou uma campanha de pressão dos EUA para desviar o apoio de países latino-americanos e europeus. O embaixador dos Estados Unidos na ONU classificou o governo cubano como um “regime ilegítimo”, enquanto o chanceler cubano rebateu as acusações com a afirmação de que se tratava de uma campanha caluniosa.
Esse embate no âmbito da ONU evidencia as tensões históricas entre Cuba e os Estados Unidos, que se intensificaram nas últimas décadas. A resolução, embora aprovada, reflete um cenário diplomático mais complexo, com menos apoio internacional do que em anos anteriores, possivelmente devido a pressões políticas. O desdobramento dessa situação pode afetar não apenas as relações entre os dois países, mas também a dinâmica de apoio entre nações da América Latina e da Europa.