O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, está prestes a se licenciar do cargo para retornar à Câmara dos Deputados, onde relatará um projeto de lei que visa atualizar a Lei Antiterrorismo. A proposta, que equipara facções criminosas a terroristas, surge em meio à crise de violência no Rio de Janeiro, após uma operação policial que resultou em numerosas mortes. A relatoria de Derrite deve durar cerca de uma semana, com o texto tramitação em regime de urgência.
O projeto de lei, de autoria do deputado Danilo Forte, busca aumentar as penas para crimes cometidos por facções, podendo chegar a até 30 anos. Derrite, que já havia se licenciado anteriormente para tratar de questões legislativas, argumenta que a classificação de organizações criminosas como terroristas é necessária, citando ações violentas contra as forças de segurança. Essa iniciativa está alinhada ao discurso de algumas lideranças políticas que consideram o narcotráfico como uma forma de terrorismo.
A proposta poderá ter implicações significativas na segurança pública e no combate ao crime organizado no Brasil. O apoio de Derrite a essa medida reflete uma crescente pressão por ações mais rigorosas contra facções como o PCC e o CV, que têm se mostrado cada vez mais atuantes. O desdobramento deste projeto e a sua eventual aprovação poderão impactar diretamente a forma como o Brasil lida com a criminalidade organizada no futuro.

