A sopa de letrinhas, um prato que se tornou um ícone da culinária, provavelmente nasceu nos Estados Unidos, com a primeira menção registrada em 1867 pelo jornal Tri-Weekly Standard, que a chamava de ‘a última novidade culinária’. Ao longo do tempo, essa receita ganhou destaque em diversos cardápios, incluindo o famoso restaurante Au Lion d’Or, localizado em Nova York, na virada do século 20.
A popularidade da sopa se estendeu além das fronteiras americanas, sendo mencionada em jornais europeus como um fenômeno culinário. Uma edição do Jornal Ilustrado de Frank Leslie noticiava que comerciantes em Paris vendiam macarrão em formatos variados, como o rosto de Napoleão III, demonstrando que a sopa de letrinhas já era bem conhecida na Europa. Esse prato divertido não apenas conquistou paladares, mas também se tornou um símbolo cultural, especialmente nos Estados Unidos.
Além de seu apelo gastronômico, a expressão ‘sopa de alfabeto’ passou a ser utilizada para descrever discursos políticos repletos de siglas, especialmente durante a administração do ex-presidente Franklin Delano Roosevelt. Essa conotação evidencia como um simples prato pode influenciar a linguagem cotidiana e a cultura popular. A sopa de letrinhas, portanto, transcende sua função alimentar, refletindo aspectos sociais e políticos de sua época.

