O Bradesco BBI decidiu não seguir o otimismo do mercado em relação às ações da WEG (WEGE3), mantendo a recomendação neutra e elevando o preço-alvo para R$ 46. Apesar de uma expectativa de aumento na receita para 2026, que deve chegar a R$ 43,4 bilhões, os analistas destacam que as margens operacionais devem continuar pressionadas no curto prazo, refletindo um cenário desafiador para a empresa.
De acordo com os analistas Daniel Federle e Camila Koga, o múltiplo preço/lucro de 26 vezes para 2026 é considerado elevado, e a WEG enfrentará desafios devido a tarifas sobre exportações e custos com matérias-primas. Embora a companhia tenha perspectivas de crescimento em áreas como mobilidade elétrica e sistemas de armazenamento de energia, a expectativa é de que os próximos trimestres apresentem resultados fracos, com queda nas receitas e margens.
Diante desse panorama, o Bradesco BBI opta por aguardar um momento mais favorável para recomendar a compra das ações da WEG. Apesar da confiança da empresa em manter um crescimento robusto, o banco considera que o potencial de valorização é modesto, com um retorno de caixa livre ao acionista em torno de 3%, devido a investimentos elevados. Assim, a instituição se mantém cautelosa, destacando a necessidade de um ponto de entrada mais atrativo para os investidores.

