Brasil busca soluções com a China para crise de semicondutores

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, iniciou, no dia 28 de outubro de 2025, negociações com representantes chineses para enfrentar a crise global de semicondutores que afeta o setor automotivo brasileiro. Durante a reunião no MDIC, ele se reuniu com líderes dos setores automotivo e de autopeças, que expressaram a necessidade de apoio governamental para mitigar os efeitos da escassez desses componentes essenciais.

A crise teve origem em uma intervenção do governo holandês em uma empresa chinesa que controla uma significativa parcela do mercado global de chips. Como resposta, a China interrompeu a exportação dos semicondutores fabricados em seu território, o que teve repercussões diretas na indústria automotiva do Brasil. O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, destacou que a produção nacional possui insumos apenas para duas semanas, e uma paralisação poderia resultar na perda de 130 mil empregos diretos.

Após a reunião, Alckmin conversou com o embaixador da China no Brasil, que se comprometeu a levar a demanda por acesso aos semicondutores ao governo chinês. Além disso, o ministro manifestou a intenção de acionar a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) em busca de soluções. A continuidade da produção automotiva no Brasil depende, portanto, de um desfecho positivo nas negociações internacionais em curso.

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