STF critica governador do Rio após operação policial letal

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) expressaram preocupações sobre a gestão do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, após uma megaoperação policial que resultou em 64 mortes, incluindo quatro policiais. A operação, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, foi considerada a mais letal da história do estado. Os magistrados afirmaram que Castro parece “perdido” ao tentar transferir responsabilidades ao Judiciário por falhas na execução da ação policial.

Durante uma coletiva de imprensa, Castro criticou a ADPF 635, que impõe restrições a operações policiais em favelas, chamando-a de “maldita” e atribuindo a essa ação as dificuldades enfrentadas pelas forças de segurança. Ele destacou que, enquanto os criminosos utilizam tecnologias como drones com explosivos, os policiais enfrentam limitações severas em suas operações. A operação, denominada “Contenção”, mobilizou 2.500 agentes visando lideranças do Comando Vermelho e outros criminosos refugiados no estado.

Após os eventos trágicos, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) exigiu que o governo estadual esclarecesse se seguiu as diretrizes estabelecidas pelo STF, como o uso de câmeras corporais e a presença de ambulâncias durante as operações. Esses desdobramentos indicam um aumento das tensões entre o Executivo e o Judiciário em relação à segurança pública no Rio. A situação levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas de segurança e o papel do governo na proteção dos cidadãos.

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