Prefeitura de SP planta árvores da Amazônia e gera polêmica ambiental

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Neste mês, a Prefeitura de São Paulo deu início ao plantio de mil árvores no Bosque Urbano Andorinha, localizado na Praça Altemar Dutra, no Ipiranga. A ação, que conta com o envolvimento da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, tem gerado preocupações entre especialistas. A lista de espécies inclui não apenas mudas nativas da Mata Atlântica e do Cerrado, mas também árvores da Amazônia, suscetíveis a altos riscos ambientais.

De acordo com especialistas, a introdução de espécies amazônicas em São Paulo é questionável devido às diferenças climáticas significativas entre as regiões. Árvores como Clitoria fairchildiana e Swietenia macrophylla, que requerem alta umidade e chuvas intensas, podem não sobreviver no ambiente seco da cidade. Além disso, essas espécies podem não ter polinizadores adequados, prejudicando sua reprodução e contribuindo para um desequilíbrio ecológico.

As consequências do plantio inadequado incluem erosão, alteração dos nutrientes do solo e a possibilidade de incêndios. A Secretaria Municipal do Verde defende que a seleção das mudas foi feita com um critério técnico, mas a controvérsia permanece. A discussão em torno da escolha das espécies reflete a necessidade de um planejamento mais rigoroso para o reflorestamento urbano, a fim de garantir a preservação da biodiversidade local.

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