As monções tardias na Índia causaram sérios danos às colheitas de soja e algodão, especialmente no estado de Maharashtra, onde fortes chuvas inundaram campos antes da colheita. Agricultores, como Kishore Hangargekar, relatam uma drástica redução na produtividade, que pode passar de 10 a 12 quintais para apenas 2 a 3 quintais por acre, aumentando suas dívidas e complicando sua subsistência.
As chuvas excessivas, que ultrapassaram a média histórica, não apenas danificaram as lavouras, mas também estão ameaçando o plantio das safras de inverno. A economia agrícola indiana, que representa apenas 18% do PIB, ainda é a principal fonte de renda para quase metade da população de 1,4 bilhão de habitantes, tornando a situação crítica para muitos. Analistas preveem que a produtividade agrícola pode cair, limitando o crescimento econômico e forçando um aumento nas importações de óleo vegetal.
Os agricultores enfrentam dificuldades financeiras, com a venda de safras danificadas a preços abaixo do mínimo estabelecido pelo governo. A previsão de mais chuvas pode atrasar ainda mais o plantio, levando muitos a hipotecar seus bens para adquirir insumos. A situação ilustra a fragilidade da agricultura na Índia e suas implicações para a segurança alimentar e a economia local.

