A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se ao Supremo Tribunal Federal (STF) em favor de uma investigação sobre os registros de entrada de Filipe Martins nos Estados Unidos, ocorrida em 30 de dezembro de 2022. Martins, que atuou como assessor de relações internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, é mencionado no núcleo de uma denúncia relacionada a uma suposta trama golpista. O pedido de investigação foi formalizado pela Polícia Federal e visa esclarecer as circunstâncias que envolvem esses registros.
De acordo com a PGR, os dados de Filipe Martins estão presentes em sistemas do Departamento de Segurança Interna dos EUA e da Alfândega e Proteção de Fronteiras, levantando questões sobre o motivo de seu nome estar na lista de passageiros da aeronave presidencial. Em resposta, a defesa de Martins nega a viagem e afirma que os registros foram inseridos erroneamente. O procurador-geral, Paulo Gonet, destacou a possibilidade de manipulação dos dados para embaraçar investigações em andamento.
As alegações em torno de Filipe Martins podem resultar em novas investigações criminal e política, com implicações para a credibilidade das autoridades envolvidas. Gonet argumenta que há indícios suficientes para justificar a instauração de uma investigação criminal, considerando que Martins pode ter praticado ações para obstruir a justiça. A situação continua a evoluir, com a expectativa de mais desdobramentos nas próximas semanas.