Uma investigação realizada pela Comissão Internacional Independente de Investigação sobre a Ucrânia, respaldada pelas Nações Unidas, apontou que a Rússia teria cometido crimes contra a humanidade ao forçar a população a fugir de áreas controladas pela Ucrânia. O relatório destaca bombardeios contínuos direcionados a civis como a principal estratégia utilizada pelas forças russas desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.
Além de bombardeios, a comissão afirmou que as autoridades russas estão envolvidas em deportações e transferências forçadas de civis, especialmente na região de Zaporizhzhia. A investigação revelou que ataques com drones e mísseis são realizados quase diariamente, afetando não apenas civis, mas também serviços de emergência. As conclusões da comissão foram ampliadas para incluir um trecho de 300 quilômetros, abrangendo as regiões de Kherson, Dnipropetrovsk e Mykolaiv.
Essas ações não apenas configuram crimes de guerra, mas também levantam preocupações internacionais sobre a segurança e os direitos humanos na região. A comissão, que entrevistou 226 pessoas e analisou mais de 500 vídeos, não conta com a colaboração das autoridades russas e não é reconhecida por Moscou. O desdobramento dessa investigação poderá impactar as relações internacionais e a resposta da comunidade global ao conflito em curso.