Durante o período de 13 a 20 de outubro, o programa Monitora Milho SC identificou um aumento alarmante na população de cigarrinhas-do-milho em Benedito Novo, no Vale do Itajaí, onde foram registradas mais de 60 unidades por armadilha. Embora a média estadual de infecção permaneça baixa, essa concentração elevada de insetos representa um risco significativo para as lavouras de milho na região. As informações foram divulgadas por Maria Cristina Canale, pesquisadora da Epagri, que destaca a importância do controle populacional para mitigar a transmissão de bactérias e vírus prejudiciais aos cultivos.
Os agricultores do Extremo-Oeste também devem intensificar suas práticas de manejo, pois a presença de bactérias patogênicas, como as do fitoplasma do enfezamento-vermelho, foi observada repetidamente. A pesquisadora alerta para a necessidade de aplicar inseticidas de contato nas lavouras, a fim de controlar os insetos migratórios que podem disseminar essas doenças. A metodologia do programa Monitora Milho SC, que abrange 55 lavouras em todo o estado, é uma referência importante para o manejo integrado das culturas de milho.
O aumento da infestação de cigarrinhas-do-milho e a detecção de patógenos destacam a urgência de um manejo eficiente nas lavouras. Os agricultores são aconselhados a monitorar atentamente a presença dos insetos e a utilizar tanto produtos químicos quanto biológicos quando necessário. A participação ativa dos produtores é fundamental para enfrentar os desafios impostos por essas pragas e garantir a saúde das lavouras em Santa Catarina.