Desde junho, a conta de luz dos brasileiros está classificada sob bandeira vermelha, alternando entre os patamares 1 e 2, os mais altos do sistema tarifário. Os acréscimos variam de R$ 4,46 a R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, o que tem causado um impacto significativo no orçamento das famílias. Este aumento contínuo também tem gerado efeitos sobre a inflação, que foi exacerbada pela alta nas tarifas de energia elétrica.
Em setembro, a energia elétrica residencial foi o principal fator de alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), contribuindo com 0,41 ponto percentual para o índice total. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) explica que a manutenção da bandeira vermelha é resultado do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o que dificulta a geração de energia. Isso demonstra como as condições climáticas e hídricas podem influenciar diretamente a economia e o cotidiano dos cidadãos brasileiros.
Com a divulgação da nova bandeira tarifária prevista para o final de outubro, as expectativas permanecem elevadas entre os consumidores. A Aneel tem a responsabilidade de comunicar as mudanças que, dependendo das condições de geração, podem alterar o impacto financeiro sobre as famílias. A situação atual evidencia a necessidade de um consumo consciente de energia e a importância de políticas que busquem mitigar os efeitos da crise hídrica sobre as tarifas.

